Grafite ou grafito (do italiano graffiti, plural de graffito) é o nome dado às inscrições feitas em paredes, desde o Império Romano. Considera-se grafite uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade - normalmente em espaço público.
Por muito tempo visto como um assunto irrelevante ou mera contravenção, atualmente o grafite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, mais especificamente, da street art ou arte urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade.
Antes de prosseguir, vejamos alguns graffitis de 4 países, respectivamente: Portugal, Espanha (Barcelona), Alemanha e Brasil
Normalmente o grafite caracteriza-se por uma elaboração complexa. Osgemeos, dupla de grafiteiros de S. Paulo, autores de importantes trabalhos em várias paredes do mundo - onde se inclui a grande fachada da Tate Modem de Londres. O museu tem anunciado a "Street Art" como "a primeira grande mostra do género em um museu público de Londres" (veja o video em baixo)
A partir do movimento contracultural de maio de 1968, quando os muros de Paris foram suporte para inscrições de caráter poético-político, a prática do grafite generalizou-se pelo mundo, em diferentes contextos, tipos e estilos, que vão do simples rabisco ou de tags repetidas, como uma espécie de demarcação de território, até grandes murais executados em espaços especialmente designados para tal, ganhando status de verdadeiras obras de arte. Os grafites podem também estar associados a diferentes movimentos grupos urbanos, como o hip-hop, por exemplo, e a uma certa transgressão.
Dentre os grafiteiros, talvez o mais célebre seja Jean-Michel Basquiat, que, no final dos anos 1970 despertou a atenção da imprensa novaiorquina, sobretudo pelas mensagens poéticas que deixava nas paredes dos prédios abandonados de Manhattan. Posteriormente Basquiat ganhou o rótulo de neo-expressionista e foi reconhecido como um dos mais significativos artistas do final do século XX. (Pesquisa efectuada na internet).
Dada a extensão do tema, haverá outro post! I’ll be back! ;-)
18 comentários:
Para este tipo de arte urbana, que a há muito boa e muito má, deveriam os municípios criar espaços adequados onde os artistas pudessem dar asas à sua criatividade, ao seu talento,à sua imaginação... Parece-me que já há exposições/concursos organizados para este tipo de arte para o qual devem ser criadas regras. Assim não sendo, muitos deles são actos de vandalismo.
Bem-hajas!
Há "artistas" e "arteiros". Felizmente podemos reconhecer a diferença.
Particularmente me encantei com o grafite de Barcelona. Fantástico!
Um abraço!
Olá!!! amanha passo com mais calma...o soninho está aí!!
Obrigada pela atenção!!!
bj
ana
Isamar:
Sem dúvida que esta arte urbana deveria obedecer a regras, a espaços confinados para tal, caso contrário, como bem diz, deixam de ser trabalhos artísticos para serem poluição urbana. Nas leituras que estou a fazer, vou ter em atenção se existem critérios para a execução de graffitis e aqui colocarei essa informação.
Sem qualquer base nem fundamento, apenas fruto das minhas observações, tenho constatado que regra geral os graffiteiros pintam muros e grandes paredes que se encontram degradados, inabitados, conferindo-lhes até uma decoração e estética. Não tenho observado graffitis em paredes de prédios acabados de construir, ou em murais "pintados de fresco". Penso que na sua maioria, terão esse discernimento, até porque se consideram artistas, e não marginais.
Penso, não sei...
Obrigada pela visita :-)
Portaria ILegal:
O autor deste blogue permite comentários aos posts aqui colocados, dentro dos parâmetros socialmente correctos. Apenas e só.
Muito obg pela sua compreensão e colaboração para que assim continue.
MamaNunes:
É verdade, é muito bonito, tal como o de Portugal :-)
Tenho aprendido e tirado apontamentos dos post do seu blogue ;-) Qualquer dia faço uma compilação, imprimo e encaderno. Gosto de manusear o papel... :-)
Obrigada pela visita!
anamar:
Bons sonos, que sejam reparadores de dias atarefados e preenchidos!
Já lá estive hoje, no seu blog, num zapping fugaz mas reconfortante :-)
Até breve.
Cara Manuela
Voltando aos grafite tenho conhecimento de que até meios de transporte públicos, leia-se comboios, têm grafitado incluindo os vidros, tirando desta feita um dos prazeres de viajar que será sem dúvida a observação da paisagem.
Digo-lhe que conheço grafites que podem juntar-se obras de arte de renome mas encontro muitos em certos espaços que constituem lixo no sentido literal da palavra.
Um abraço
Bem-haja!
p.s. Por favor não feche o seu espaço. O debate de ideias que proporciona com os seus comentários é bante profícuo.
Gosto muito de grafitti mas com esta mensagem aprendi imenso. Se bem me lembro, foi sobre grafitties a nossa 1ª conversa...
Isamar:
Acredito que tenha essa experiência. Olhe, curiosamente hoje mesmo, entrei numa rua em S. João do Estoril, um beco sem saída que terminava num muro velho. Et voilá! Um graffiti a desafiar-me de frente :-) instinto imediato mas não fatal ;-) saio do carro e fotografo para o blog :-) Hoje já não tenho tempo, mas 2ª feira vou passar a imagem para o pc. A graça e embelezamento que aquele graffiti deu a um beco feio! Isto é tão verdade como os vidros sujos dos combóios esborratados que vê por aí (situação recriminável).
Muito obrigada pelo seu 'ps' pois dá-me um enorme alento! Só por isso levo daqui um balão de oxigénio para o meu blog :-) muito e muito obrigada
Bom final de semana, até 2ªF
Iscte 72-77
Fico bem contente por lhe ter proporcionado um aumento de capital relativamente aos graffitis :-) Ainda não completei leituras alusivas ao mesmo tema para outros posts (tem plural a palavra?) :-\
Quanto à nossa 1ª conversa... sorry, não me recordo...é possível, mas não tenho ideia.
Beijinhos e bom fim de semana (vou ao norte ver as amendoeiras!:-)
Olá Riscos e Rabiscos,
Tenho tido dificuldade em postar comentários no teu blogue. Pensava ter feito um comentário sobre os grafittis mas não o vejo. Erro de procedimento, provavelmente...
Confesso que não aprecio muito os graffitis. Tudo é uma questão de gosto ... que não se discutem, não é verdade ?
Não sei bem mas sinto-me um pouco agredida pelos graffitis. porquê ? Não sei... Talvez por serem com muitos detalhes... ou será preconceito ? continuo a não saber porquê. Mas não retiro de maneira nenhuma o valor desta arte. E tens razão quando dizes que normalmente são feitos em muros e grandes paredes que se encontram degradados. São feitos por artistas respeitadores, e em nome da arte !
Agora, os tags é que não aprecio mesmo nada e fico mesmo aborrecida quando vejo uma parede acabada de ser pintada e revestida por tags. Tendo feito um pouco de "bricolagem" há alguns anos quando a minha coluna me permitia, sei o trabalho que dá pintar uma parede e fico desolada por ver um trabalho de horas estragado em alguns segundos. Nessa altura, acho que já não se trata de arte, é apenas uma assinatura e uma grande falta de respeito pelos outros.
Bom passeio no meio das amendoeiras !
Beijinhos verdinhos
Uma boa explicação àcerca dos graffitis e uma chamada de atenção para esta Arte, que muitos desconhecem...
Muito interessante esta abordagem ao mundo da grafitagem.
Podendo aceitar que se trata de uma forma de arte urbana, há vários exemplares que não passam de obra propagandística política sem o menor conteúdo artístico.
É preciso distinguir bem os graffiti artísticos dos outros.
Gosto muito de alguns, não tolero outros que desrespeitam lugares do património dos países.
Um abraço.
Je Vois la Vie en Vert:
Obrigada vert(inha) ;-) Não sei o que possa ter acontecido ao comentário, e lamento. Mas entretanto deixou este, que agradeço.
Pois os graffitis nem sempre são sinónimo de produção artística. Tal como não transmitem necessariamente subversão. De facto, para quem não aprecie as cores garridas e imagens 'fantasmagóricas', por vezes metálicas, letras 3D, etc, etc...não resta muito para se apreciar. Eu gosto particularmente pelo efeito de embelezamento urbano que regra geral criam nos espaços com que nos vamos deparando no dia a dia.
Até breve :-)
Helia:
Também considero interessante esta abordagem. Vou inserir outro post sobre o tema :-) e muito obrigada pela visita!
Jorge P.G.
Provavelmente terá razão, ou já observou, que uns utilizam os Graffiti para propaganda, tal como haverá certamente outros que 'mutilam' a nossa cidade, ambas situações condenáveis, sem dúvida. Mas essas "experiências" produzidas nas paredes (chamemos-lhe assim) não se enquadram no conceito de Graffiti.
Quando o Graffitagem corresponde a uma produção artística de qualidade, e simultaneamente tem um impacto positivo no espaço urbano, então sim, estamos perante um "bom Graffiti".
Obrigada pela intervenção.
As paredes pintadas com propaganda política inserem-se no estilo designado por "graffiti político" sobre o qual falarei num outro post
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