Entre os resultados práticos da noção de que a humanidade se divide em raças, e que algumas são superiores e outras inferiores, está o extermínio de 6 milhões de judeus pelos nazistas nas décadas de 1930 e 1940…
Depois do Nazismo, a UNESCO publicou um estudo intitulado The Race Question reunindo grande número de estudiosos e pensadores, e refuta a noção de raça humana porque ela perdeu qualquer validade científica ou antropológica.
A designação ‘raças humanas’, um conceito estritamente antropológico, classifica grupos populacionais com base em características morfológicas: traços visíveis, tais como cor da pele, formação do crânio e do rosto e tipo de cabelo, constituição física, estatura, etc.
A designação etnia é muitas vezes usada como um eufemismo para raça, ou como um sinónimo para grupo minoritário. Etnia compreende os factores culturais, como a nacionalidade, a afiliação tribal, a Religião, a língua e as tradições.
A cultura como principal critério de diferenciação:
Assim, abandonada a noção de raça, a partir do séc xx um novo paradigma sustentado pela ciência, afirma que os grupos humanos se distinguem e se diferenciam unicamente em termos culturais. A imensa diversidade cultural, correspondendo a modos de vida extraordinariamente diversificados, não é em nada imputável à biologia: ela desenvolve-se paralelamente à diversidade biológica. O racismo consiste precisamente no contrário, fez de um fenómeno cultural um fenómeno pretensamente físico, natural e biológico. “No início das pesquisas em genética, os cientistas, que tinham em mente as classificações raciais herdadas do século passado, pensavam que iriam encontrar os genes dos Amarelos, dos Negros, dos Brancos... Pois bem, nada disso, não foram encontrados. Em todos os sistemas genéticos humanos conhecidos, os repertórios de genes são os mesmos”.
No ser humano, o impacto da cultura não parece assim ser suficientemente grande para explicar uma diferenciação entre raças.
5 comentários:
Um excelente post, como costumam ser os seus. Tivesse eu alento para escrever e deixar-lhe-ia algumas linhas mais mostrando como repugno certos actos dos homens contra o seu semelhante e que demonstram quão imperfeita é a máquina humana. A escravatura, a tortura, a intolerância religiosa, a distinção pela cor da pele são parte do mais lamentável da nossa história.Repugnante!
Um abraço
Bem-haja!
ARTIGO MUITO INTERESSANTE, DE FACTO !
Li uma vez esta frase e nunca mais a esqueci porque acho que é a base da tolerãncia, do respeito, do bom entendimento, da PAZ : "a minha liberdade acaba onde comece a liberdade do outro"
Está tudo dito !
beijinhos da
Verdinha
Excelente trabalho para todos diferentes, todos iguais!
Só que a natureza humana, imperfeita como é continua a espezinhar as tais "ditas diferenças"...
Abracinho , bom fds e obrigada pelas visitas...
Ana
Interessante texto realçado pelas excelentes imagens!Devia-se aceitar e respeitar as "diferenças", mas infelizmente há ainda muita gente que não as aceita nem respeita
Isamar
Je Vois la Vie en Vert
anamar
helia
Muito agradeço os vossos comentários, sempre atentos, encorajadores e valiosos contributos para o meu blog! Com efeito, as diferenças 'raciais', religiosas, etnicas, entre outras, são um flagelo do planeta terra desde que ele existe, lamentavelmente :-( da supremacia à opressão vai um pequeno passo...
Mas, acreditando que cada uma de nós faz a diferença no seu contexto de vida diária, e que cada uma vai disseminando condutas inclusivas, não discriminatórias, despeço-me 'colectivamente' agradecendo mais uma vez as vossas visitas activas :-)
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